O projeto BH Indie Music é idealizado por Malu Aires - artista independente e líder da banda Junkbox.
Observando o pouco conhecimento da mídia e do público acerca do comportamento da arte independente e fazendo-se valer da qualidade empregada aos trabalhos autorais da nova safra de música, sem incentivos, ou patrocínios a artista realiza um festival que hoje se comporta como referência para os festivais independentes de música.
Com a preocupação de criar uma consciência sobre a importância da auto-gestão e administração da propriedade intelectual dos artistas envolvidos, o festival é organizado com a filosofia e pensamento do artista, do criador, do líder de banda ou grupo.
Cada etapa do projeto se ocupa na excelência da apresentação musical. São prioridade da organização espaços adequados, tecnia compatível às exigências de cada apresentação e remuneração aos artistas, proveniente das bilheterias de cada casa. Prioridades vistas como urgentes para os artistas envolvidos no cenário de música independente e que não vinham sendo levantadas, nem discutidas pelo mercado independente de música.
Participam do festival BH Indie Music, aqueles que se fizerem conscientes e acordados dos termos do Edital (conheça o Edital 2009 do BH Indie Music) e suas regras que são criadas para o avanço responsável e profissional da cena independente de música e dos que nela atuam.
O sucesso de cada programação depende da participação ativa e efetiva das bandas nele relacionadas. São algumas das responsabilidade das bandas: a qualidade técnica e artística dos seus shows, a divulgação independente dos shows realizados e a integração com as bandas independentes que dele participam para que seja criado um campo fértil de troca de experiências, históricos regionais e de produtos (shows e discos).
Um festival gerido por bandas e pelas bandas independentes é um projeto inédito em todo o país. Conscientizar os artistas independentes do seu papel fundamental na estrutura da criação de um mercado independente de música, voltado à geração de profissionais e sua profissionalização, foi a tarefa diária de todo o projeto.
Relatórios semanais apresentaram a qualidade musical encontrada em diversas regiões do país, bem como as deficiências presenciadas no cenário independente de música, sugerindo mudanças, ações coletivas e conjuntas, conscientização da classe artística e musical em sua importância enquanto presente e atuante, além de avaliações técnicas, artísticas e profissionais, a cada semana do festival, que acabaram por apresentar um mapa geográfico da produtividade da música independente de todo o país.
Os Relatórios do III BH Indie Music, são divididos em 7 textos, assinados em primeira pessoa, pela organizadora do festival que impõe, em todos eles, sua visão como artista. São baseados na sua experiência profissional no campo de música como criadora e intérprete, bem como sua vivência nos mercados executivos, fonográficos e artísticos da música comercial e independente.
Longe de parecerem os dados satisfatórios para o panorama do mercado de música independente nacional, apontam para uma séria discussão: o papel e o perfil do artista independente no fomento do mercado independente de música, sua auto-valorização como criador e a atuação e presença do artista na criação de um quadro favorável ao sustento da sua criação.
RELATÓRIOS (links)
:: SEXTA SEMANA
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